18 de outubro de 2012 | 11h05
HURDAL - As delegações do governo colombiano e das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) apresentam nesta quinta-feira, 18, em um hotel de Hurdal, aos arredores de Oslo, a constituição da mesa de negociações que será transferida posteriormente a Havana.
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Um forte dispositivo policial e vários veículos de imprensa de diferentes países criavam uma espécie de cerco ao hotel, um reflexo da expectativa em torno do encontro, que marcará o início da segunda fase do processo de paz entre o governo colombiano e os guerrilheiros.
Ontem, pouco depois de terem chegado à capital norueguesa, ambas as delegações realizaram um encontro em um local não divulgado para acertar os últimos detalhes logísticos das conversas.
Já nesta quinta, as delegações vão ler a declaração conjunta e, posteriormente, explicar suas respectivas posições em entrevistas coletivas.
A abertura da mesa de diálogo ocorre um dia depois do previsto devido à questões logísticas. Esses imprevistos atrasaram em dois dias a chegada das delegações.
Entre as causas da demora, o líder máximo da guerrilha, conhecido como "Timochenko", citou o atraso por parte das autoridades judiciais em suspender as ordens de prisão contra os delegados das Farc, que, segundo a Interpol, já foram suspensas.
O Governo e as Farc assumiram o compromisso de iniciar este diálogo de paz em Havana, no último dia 26 de agosto, mediante o chamado "acordo geral para o término do conflito e a construção de uma paz estável e duradoura".
O acordo, que não inclui um cessar-fogo prévio, foi assinado após seis meses de "conversas" em Cuba, país onde também se desenvolverão as negociações de paz após a inauguração em Oslo.
Além disso, Cuba atua como fiador do processo, da mesma forma que Noruega, enquanto a Venezuela e o Chile foram designados como acompanhantes.
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