Governo da Colômbia defende diálogo para superar protestos violentos

Conversas começaram na quarta-feira sob a liderança do assessor presidencial, Miguel Ceballos, e a participação do Ministério Público, Defensoria do Povo e sindicatos

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

BOGOTÁ - O governo colombiano pediu nesta quinta-feira, 6, um diálogo entre “aqueles que marcham” e “aqueles que não marcham” nos violentos protestos contra o presidente Iván Duque, que deixaram 24 mortos em nove dias. “Devemos ouvir todos os setores do país, mas o país também deve ouvir o governo”, disse o conselheiro presidencial Miguel Ceballos, mediador do governo junto aos manifestantes. “Isso inclui quem marcha, mas também quem não marcha.”

PUBLICIDADE

As conversas começaram na quarta-feira sob a liderança de Ceballos e a participação do Ministério Público, Defensoria do Povo e sindicatos. O assessor de Duque garantiu que se reunirá com os líderes dos protestos na segunda-feira, mas não quis confirmar a participação do presidente. “A vontade do governo era convidar primeiro aqueles que organizam o Comitê Nacional de Greve, mas entendo que essas mobilizações não se limitam a esse grupo”, afirmou. 

Desde 2019, o presidente enfrenta protestos em massa em todo o país, que voltaram com força em 28 de abril em repúdio a uma controvertida reforma tributária, já retirada da pauta do Congresso. Sindicatos, estudantes, indígenas, ambientalistas, entre outros setores, se reuniram em torno do chamado Comitê Nacional de Greve para exigir mudanças nas políticas do presidente. 

Parentes e amigos se despedem de Nicolás Guerrero em Cali; jovem foi morto na repressão aos protestos na cidade Foto: Pablo Rodríguez/EFE

“O governo tem de dialogar com quem está nas ruas, que são os jovens”, disse Claudia López, prefeita de Bogotá, que também é alvo de protestos. Os líderes das mobilizações disseram que estão abertos ao diálogo direto com o presidente, sem intermediários.

Os protestos na Colômbia têm sido, em sua maioria, pacíficos, mas em algumas cidades ocorreram distúrbios e confrontos com as forças de segurança, que responderam com violência, deixando 24 mortos e mais de 800 feridos./AFP

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.