24 de agosto de 2010 | 18h26
BOGOTÁ- O governo da Colômbia afirmou nesta terça-feira, 24, esperar que a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) não estude o pedido das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) para expor no organismo sua "visão" do conflito armado no país e chamou a solicitação de "inadmissível".
"Não achamos que a Unasul vá nos perguntar se consideramos que está bem ou não" estudar o pedido das Farc, disse a jornalistas a ministra das Relações Exteriores colombiana, María Ángela Holguín.
A chanceler chamou de "completamente inadmissível" a proposta das Farc, que em carta divulgada nesta segunda-feira pedem à Unasul a convocação de uma assembleia para expor sua "visão" do conflito armado na Colômbia.
O chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, comentou nesta segunda que conversará com Holguín para ver "o que ela acha do comunicado" das Farc - o Equador é o atual ocupante da presidência temporária da Unasul.
"Se o governo (colombiano) considerar que isto pode ser tratado em outro nível, estaremos atentos ao que quiserem. Fora disso, seria entrar em assuntos de outro país", declarou Patiño.
O Executivo colombiano, por meio do vice-presidente Angelino Garzón, rejeitou o pedido das Farc, e voltou a exigir que o grupo abandone os sequestros e o terrorismo como condição prévia para conversar. Segundo Garzón, só o presidente Juan Manuel Santos pode autorizar negociações de paz.
Na mesma linha, o ministro da Defesa colombiano, Rodrigo Rivera, ressaltou que "com terroristas não se dialoga".
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.