GUATEMALA - O Governo da Guatemala declarou na noite desta quinta-feira estado de calamidade pública na zona central do país devido à erupção do vulcão Pacaya, situado a 50 quilômetros ao sul da capital, até agora três crianças e um jornalista estão desaparecidos.
"A medida causa a limitação das garantias constitucionais para permitir o trabalho das autoridades e os corpos de socorro na proteção dos habitantes", disse à agência Efe Ronaldo Robles, secretário de Comunicação da Presidência.
Além disso, segundo o funcionário, o estado de calamidade pública "permite às autoridades que retirem a população dos lugares de perigo, inclusive contra sua vontade, e os levem para lugares seguros", e também causa a suspensão das aulas nos centros educativos públicos e privados.
"O presidente Álvaro Colom e seu gabinete de Governo mantêm uma vigilância constante da atividade do vulcão Pacaya, assim como das constantes chuvas em todo o país, que também poderiam acarretar outras emergências", acrescentou Robles.
Após a forte erupção do Pacaya, registrada por volta das 19h pelo horário (22h em Brasília), o vulcão começou a lançar pequenas rochas, areia e cinzas, que chegaram a um raio de mais de cem quilômetros.
Após a erupção as autoridades ordenaram o fechamento do aeroporto internacional La Aurora, assim como a evacuação de pelo menos quatro localidades na região do vulcão.
A chuva de areia, que na capital guatemalteca alcançou mais de dez centímetros de espessura, provoco mais de 35 colisões de automóveis, e dezenas de motoristas sofreram lesões leves.