04 de outubro de 2012 | 10h57
DAMASCO - O governo da Síria admitiu que foi responsável pelo bombardeio que matou cinco civis na Turquia e pediu desculpas formais pelo ocorrido, afirmou nesta quinta-feira, 4, o vice-primeiro-ministro turco Besir Atalay.
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Atalay disse também que a Síria reassegurou à Organização das Nações Unidas (ONU) que "tal incidente não ocorrerá de novo". A bomba, que atingiu o vilarejo de Akcakale, aumentou a tensão na fronteira entre os dois países. Uma casa foi destruída, causando a morte de duas mulheres e três meninas e ferindo pelo menos 10 outras pessoas.
O ataque levou o Parlamento da Turquia a aprovar uma lei que autoriza o Exército a realizar operações no território sírio. Ainda assim, o vice-primeiro-ministro afirmou que isso não equivale a uma declaração de guerra, que é apenas uma forma de dissuasão. A lei dá ao governo o direito de enviar tropas e caças para atacar alvos na Síria quando achar necessário.
A violência na fronteira adiciona uma perigosa nova dimensão para a guerra civil na Síria, arrastando outros países para o conflito. Com a aprovação da medida por 320 votos a favor e 129 contra, está aberto o caminho para ação unilateral das Forças Armadas turcas, sem o envolvimento dos aliados Ocidentais e árabes.
No entanto, líderes turcos estão cientes dos riscos de uma intervenção aberta, especialmente sem o apoio de uma coalizão internacional. Observadores não acreditam que os Estados Unidos possam agir antes das eleições do mês que vem.
As informações são da Associated Press
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