20 de agosto de 2012 | 08h53
YANGON, MIANMAR - O governo de Mianmar anunciou nesta segunda-feira, 20, que abolirá a censura na imprensa do país. Com as novas regras, os jornalistas não mais serão obrigados a remeter seu trabalho para os censores do Estado antes da publicação, como aconteceu durante quase meio século. Este é o maior passo em direção à liberdade de expressão em décadas.
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Mesmo assim, ainda restam preocupações com as leis que restringem a publicação de livros, que dão ao governo poder para reprimir jornalistas e fechar publicações que sejam consideradas ameaças para a segurança do país. Nyein Nyein Naing, editora do jornal Seven Day News, afirmou que agora os jornalistas terão que submeter seus textos para os censores após a publicação, diferentes do que ocorria antes. Ela afirmou ainda que "nós temos que ser bastante cautelosos, pois o conselho de censores vai continuar nos monitorando."
As leis de censura foram instituídas após o golpe militar de 1962. O governo reformista do presidente Thein Sein vêm relaxando o controle sob a mídia desde o ano passado, permitindo a circulação de material proibido anteriormente, como fotos da líder de oposição Aung San Suu Kyi.
As informações são da Associated Press.
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