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Governo do Egito prepara dissolução da Irmandade Muçulmana, diz jornal

Decisão seria mais uma forma de reprimir o grupo do presidente deposto Mohamed Morsi

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Por Redação
Atualização:

CAIRO - O governo egípcio apoiado pelos militares vai encerrar as atividades da Irmandade Muçulmana como uma organização não-governamental dentro de alguns dias, informou um jornal local nesta sexta-feira, 6, em mais uma medida para reprimir o movimento do presidente deposto Mohamed Morsi.

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A decisão se aplica à ONG registrada pela Irmandade em março em resposta a uma decisão judicial alegando que o grupo não tinha status legal. O fim da ONG da Irmandade seria mais uma derrota para o grupo que tem sofrido uma intensa repressão por parte das autoridades, incluindo a detenção de vários de seus líderes.

Segundo o jornal Al-Shorouk, citando o porta-voz do Ministério da Solidariedade Social Hany Mahana, a decisão será tomada "dentro de dias". O mesmo porta-voz disse ao periódico estatal Al-Akhbar que a decisão já foi tomada. "A decisão do ministro de fato já foi tomada, mas será anunciada no início da próxima semana em uma entrevista coletiva."

Mahana não pôde ser contactado para comentar. Um membro do governo negou que a decisão tenha sido tomada.

A Irmandade venceu as eleições parlamentar e presidencial do Egito após o fim da ditadura Hosni Mubarak em 2011, mas foi derrubada do governo em 3 de julho deste ano quando o Exército depôs Morsi em resposta aos protestos contra sua administração.

As forças de segurança mataram centenas de partidários do presidente deposto e prenderam vários líderes da Irmandade sob acusação de incitar a violência. Até o momento, não houve nenhuma tentativa de banir o braço político do grupo, o Partido da Liberdade e Justiça./ REUTERS

 

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