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Governo do Líbano rejeita críticas ao Hezbollah

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do Líbano rebateu o pedido do secretário de Estados dos EUA, Colin Powell, para que termine a presença militar do grupo Hezbollah - que os Estados Unidos e Israel classificam como terrorista - no sul do país. O presidente Emile Lahoud disse a Powell que o Hezbollah é ?um partido político legítimo? cujas atividades de guerrilha ajudaram a acabar com os 18 anos de ocupação israelense no sul do Líbano, informa um importante jornal independente libanês, o An-Nahar. O jornal informa ainda que Lahoud disse a Powell que o Líbano aprecia o papel do Hezbollah no combate à ocupação israelense. O presidente também repudiou o pedido americano para que a Síria retire suas tropas do Líbano, dizendo que a presença militar da Síria em solo libanês é ?legítima?. O gabinete do presidente se recusou a comentar as alegações do An-Nahar. Powell disse a jornalistas em Beirute que os EUA comunicaram ao governo libanês suas ?preocupações? com as ?atividades terroristas contínuas do Hezbollah, na região e no mundo?. O Hezbollah é um grupo muçulmano xiita financiado pelo Irã e pela Síria, com milhares de combatentes na fronteira entre Líbano e Israel. O grupo foi formado em 1982, depois de Israel iniciar uma invasão do Líbano, que terminou em 2000. Entre os atos que levaram os EUA a declarar o Hezbollah terrorista estão ataques suicidas a bomba que destruíram uma base de fuzileiros americanos e danificaram duas embaixadas, causando um total de 270 mortes.

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