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Governo do Sri Lanka convida guerrilha a negociar paz

Secretariado da Paz pede aos rebeldes Tigres de Libertação da Pátria Tâmil (LTTE) que "volte a participar das negociações com o Governo

Por Agencia Estado
Atualização:

O Governo do Sri Lanka convidou novamente a guerrilha tâmil a manter negociações de paz, mas não acredita que os rebeldes sejam os únicos representantes da minoritária etnia tâmil no país. Em comunicado emitido neste domingo, o Secretariado da Paz pede aos rebeldes Tigres de Libertação da Pátria Tâmil (LTTE) que "volte a participar das negociações com o Governo, ou diretamente ou através do Governo da Noruega", que atua como mediador no processo de paz do Sri Lanka. O Governo, no entanto, insiste em que não pode aceitar que o LTTE represente as aspirações de toda a população tâmil no país. "Os comunicados emitidos pela União Européia e outras administrações internacionais mostram claramente que o LTTE e o povo tâmil não são a mesma coisa", diz a nota do Secretariado da Paz. O comunicado acrescenta que a violência do LTTE contra a comunidade tâmil e o assassinato de políticos tâmeis pelo grupo também demonstram que a guerrilha não é "um representante autêntico do povo tâmil". Segundo o jornal "Daily News", o ministro de Assuntos Exteriores do Sri Lanka, Mangala Samaraweera, falou que o Governo espera que a Noruega continue atuando como mediador, levando em conta os desejos de todas as comunidades do país, em vez da uma só parte. A explosão de uma granada na igreja de Nossa Senhora da Vitória, no povoado de Pesalai, no distrito de Mannar, matou uma pessoa e feriu outras 44 no sábado. O LTTE acusou o Exército cingalês de lançar a granada, mas o Governo negou a acusação. "Esta é outra tentativa dos veículos pró-LTTE de desacreditar o Governo e prejudicar a imagem das Forças de Segurança", afirmou o Ministério da Defesa ao negar as acusações de que estivesse por trás dessa agressão. A violência na ilha causou mais de 700 mortes desde o início do ano.

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