Governo espanhol rechaça plebiscito catalão e promete punir líderes separatistas

Premiê Mariano Rajoy diz que a consulta é uma desobediência às instituições democráticas e afirma que ela não ocorrerá ‘ de maneira alguma’

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MADRI -Um dia depois de o governo autônomo da Catalunha anunciar um plebiscito sobre sua independência da Espanha para o dia 1º de outubro, autoridades espanholas consideraram nesta quinta-feira, 7,  a medida intolerável e prometeram impugnar a votação na Justiça. O premiê Mariano Rajoy disse que o referendo é uma desobediência às instituições democráticas. O Ministério Público disse que está preparando denúncias criminais contra dirigentes catalães. 

“Vão entrar em curso os mandados para que a Polícia judicial intervenha nos efeitos, ou nos instrumentos destinados a preparar, ou realizar, o referendo ilegal", disse o procurador-geral José Manuel Maza.

Em evento do Partido Popular, Mariano Rajoy pediu que governo catalão desista de planos de independência Foto: Lavandeira jr/ EFE

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Rajoy anunciou que seu governo pedirá ao Tribunal Constitucional (TC) paraanular o decreto sobre a organização da consulta. “Solicitarei ao Tribunal que lembre às autoridades e aos mais de 900 prefeitos da Catalunha que é seu dever impedir, ou paralisar, qualquer iniciativa para a organização do referendo”, disse Rajoy. “Essa consulta não vai acontecer, de modo algum.”

Em reação,governo catalão criticou as autoridades de Madri. “A partir de agora, nos sentimos convocados, frente a esse estado de sítio disfarçado, a defender os direitos mais fundamentais”, declarou o porta-voz Jordi Turull, ressaltando que "isso não altera em nada o que está previsto pelo governo. para 1º de outubro.

Embora a Justiça espanhola tenha classificado a consulta como ilegal, o governo separatista da Catalunha pretende realizá-la em 1º de outubro. Composta de cerca de 7,5 milhões de pessoas, a população local será convocada para responder se quer a Catalunha se torne um Estado independente em forma de república. / AFP

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