Governo iraquiano deverá oferecer anistia a insurgentes

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Uma semana depois de ter assumido o poder, o novo governo deverá anunciar amanhã um plano de anistia para insurgentes - que poderia incluir alguns rebeldes responsáveis pela morte de soldados americanos -, numa aparente tentativa de convencer os partidários de Saddam Hussein a pôr fim à campanha de violência. Um porta-voz do primeiro-ministro iraquiano Iyad Allawi disse que os ataques contra tropas americanas no último ano era "atos legítimos de resistência", num sinal de tendência do novo governo de distanciar-se da ocupação estrangeira no país. "Se um insurgente estava em oposição aos americanos, isso seria justificado, pois se tratava de uma força de ocupação", declarou, no sábado à noite, o porta-voz do governo Georges Sada. "Esses terão a liberdade garantida." Pôr fim à insurgência de 14 meses é a prioridade máxima do governo liderado por Allawi e espera-se que o primeiro-ministro - designado após uma série de consultas com os líderes políticos e tribais iraquianos e com a anuência da autoridade de ocupação dos EUA - faça vários anúncios sobre segurança nos próximos dias. Além do plano de anistia, as novas medidas devem incluir o restabelecimento da pena de morte e uma lei de emergência que prevê a decretação de toques de recolher nos pontos mais violentos do Iraque. Numa entrevista à agência de notícias Associated Press, Sada disse que o perdão pleno para insurgentes envolvidos na morte de soldados ainda está sendo discutido pelos membros do gabinete. Mas o porta-voz ressaltou que o objetivo do novo governo é "começar do zero", dando uma nova oportunidade aos rebeldes para que se entreguem, deponham as armas e apóiem os novos líderes do país.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.