Governo israelense está disposto a dialogar com Abbas

Israelenses querem a libertação do soldado seqüestrado na Faixa de Gaza

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Por Agencia Estado
Atualização:

O secretário do Poder Executivo israelense, Yisrael Maimon, declarou nesta sexta-feira que o governo do primeiro-ministro Ehud Olmert está interessado em negociar com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, desde que seja libertado o soldado Gilad Shalit, seqüestrado por milicianos islâmicos da Faixa de Gaza. "É interesse de Israel dialogar com os palestinos. Mas as conversas não poderão começar sem a libertação de Shalit", disse Maimon à rádio pública. Shalit foi capturado em 25 de junho, numa base militar em território israelense, ao sul de Gaza, por comandos palestinos do Hamas, do Exército Islâmico e dos Comitês Populares da Resistência. Maimon falou nesta sexta-feira, após as promessas de Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP). O líder palestino disse na quinta-feira à Assembléia Geral da ONU que um futuro Governo de unidade com o Movimento Islâmico Hamas reconhecerá Israel e respeitará os acordos entre as partes. O primeiro-ministro Ismail Haniyeh, do Hamas, reafirmou esta semana em Gaza que seu Movimento não reconhecerá Israel. Mas, num governo de unidade com o movimento Fatah, "poderia trabalhar com os acordos" da ANP com Israel "desde que não contrariem os interesses do povo palestino". Maimon disse à emissora israelense que "continuam de pé" as três condições estabelecidas por Israel, para negociar com o governo palestino: o desarmamento da milícia do Hamas, o reconhecimento de Israel e o respeito aos acordos assinados pela Organização para a Libertação da Palestina (OLP) a partir de 1993. Apesar da promessa de Abbas, o secretário do governo israelense se mostrou cético sobre a formação do Governo de unidade entre Hamas e Fatah. "Dezenas de vezes eles estiveram ´a ponto´ de fechar um acordo e não aconteceu nada", disse Maimon à emissora israelense. O primeiro-ministro Olmert declarou esta semana, às vésperas dos festejos do ano novo hebraico 5767, que começarão nesta sexta-feira, que está disposto a negociar com Abbas a paz e a criação de um Estado palestino segundo o "Mapa de Caminho", plano estabelecido por Estados Unidos, União Européia, Rússia e ONU.

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