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Governo israelense propõe proibir o uso de símbolos do Holocausto

Lei penaliza com até seis meses de prisão e multas de até US$ 25 mil quem utilizar a simbologia

Por Efe
Atualização:

JERUSALÉM - O Comitê Ministerial de Legislação israelense aprovou nesta segunda-feira, 9, um projeto de lei que proíbe a utilização de símbolos do Holocausto, após a polêmica causada pelo uso por manifestantes ultraortodoxos, que, ao seu ver, são perseguidos por Israel.A nova lei penaliza com até seis meses de prisão e multas que podem chegar a US$ 25 mil quem utilizar este tipo de simbologia, informou a agência de notícias "Ynetnews".Porém, o Ministério da Justiça se opôs a esta legislação, por considerar que vai contra a liberdade de expressão.O projeto ainda deve ser validado pelo Conselho de Ministros e enviado ao Parlamento para sua aprovação.A polêmica surgiu no último dia de dezembro, quando centenas de ultraortodoxos se manifestaram na praça central do bairro de Mea Shearim, em Jerusalém, para protestar contra a agressividade dos seculares em relação a sua comunidade, após críticas da imprensa em relação à forma como este grupo trata suas mulheres.Vários manifestantes, entre eles crianças, usavam no braço uma faixa amarela com a estrela de Davi imposta pelos nazistas à população judaica antes da Segunda Guerra Mundial e alguns se vestiram com uniformes de listras brancas e azuis, assim como os presos judeus nos campos de concentração.Os principais líderes e políticos israelenses condenaram duramente o protesto, por considerarem uma profanação da memória dos 6 milhões de judeus assassinados pelos nazistas.O ministro sem pasta Yossi Peled, sobrevivente dos campos de concentração, garantiu que seu "sangue congelou imediatamente" ao ver as imagens da manifestação.Ehud Barak, ministro da Defesa, também condenou o fato, classificando como "aberração" o uso das faixas amarelas e considerou que os ultraortodoxos "passaram dos limites".  

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