Governo libanês enviará 15 mil soldados ao sul do país

Decisão tomada enquanto Conselho de Segurança debate resolução sobre o conflito é um passo em direção ao fim da violência, afirma ministro

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Por Agencia Estado
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O governo libanês aprovou por unanimidade nesta segunda-feira o envio de 15 mil soldados ao sul do Líbano assim que as tropas israelenses recuarem, disse o ministro da Informação Ghazi Aridi. No começo do dia, o exército libanês convocou reservistas em uma ação ligada à possível distribuição na fronteira caso um acordo de cessar-fogo seja alcançado para acabar com as mais de quatro semanas de conflito entre os guerrilheiros do Hezbollah e as forças israelenses. Segundo Aridi, o exército libanês está pronto para aceitar ajuda da Força Interina das Nações Unidas no Líbano, que atualmente possui 2 mil pacificados no sul do país. O ministro disse que a decisão é um passo em direção ao fim da violência e afirmou que "os comandantes militares... informaram o ministro da Defesa sobre sua prontidão para a missão. ... O exército está pronto e nós não estamos fazendo declarações sem sentido". O primeiro ministro Fuad Saniora propôs que as tropas libanesas se posicionem rapidamente no sul, com o apoio de uma força das Nações Unidas fortificada, para que o exército de Israel possa recuar como parte de qualquer acordo de cessar-fogo. O Líbano está fazendo pressão para que os Estados Unidos aceitem o arranjo e trabalhem com ele em um projeto de resolução da ONU sobre um cessar-fogo. Até agora, o projeto preparado pelos EUA e a França pede apenas por uma interrupção no conflito, deixando as forças israelenses no sul até que uma força da ONU mais poderosa possa ser posicionada. Convocação Um anúncio do exército libanês convocou os oficiais aposentados e os soldados que completaram o serviço há cinco anos que se reportam a diversas seções militares no país, a partir de 10 de agosto, até o dia 16. Aqueles que violarem a decisão serão processados, dizia o anúncio. O anúncio, divulgado pela agência de notícias oficial, não forneceu o número de reservistas convocados para se juntar ao forte exército de 70 mil homens, que permaneceu amplamente fora do conflito atual entre as tropas de Israel e os guerrilheiros do Hezbollah. Um oficial militar disse que a convocação inicial envolveu cerca de 5 mil soldados que completaram o serviço há cinco anos. Se a necessidade aumentar, o exército convocaria cerca de 10 mil recrutas que completaram o serviço militar obrigatório, disse o oficial, que não quis se identificar. Uma fonte ministerial, que também pediu anonimato, disse que a convocação de reservistas tem o objetivo de preencher as lacunas em algumas áreas quando milhares de soldados são esperados para serem distribuídos na fronteira com Israel. O Hezbollah disse que não permanecerá em nenhuma cessar-fogo enquanto as tropas israelenses continuarem no sul do Líbano. Israel diz que não vai interromper sua ofensiva ao menos que os ataques com foguetes do Hezbollah cessem - e não recuará até que uma força internacional se posicione. Israel não disse se recuaria caso as tropas libanesas se posicionem, apoiadas pelos pacificadores da ONU, como pede a proposta de Saniora.

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