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Governo paquistanês acusa refugiados por protestos

Por Agencia Estado
Atualização:

Em comunicado, a Embaixada do Brasil em Islamabad, capital do Paquistão, informou que o governo paquistanês vinculou a série de manifestações de protesto aos bombardeios dos Estados Unidos e Inglaterra ao Afeganistão à presença de refugiados afegãos no país. "O presidente Pervez Musharraf declarou, em reunião do Gabinete Federal de Ministros, que não há problemas no Paquistão. A população paquistanesa não toma parte em protestos, que são obra de refugiados afegãos e de um pequeno número de indivíduos extremados", informa. Segundo o documento da representação brasileira, o governo paquistanês disse que não vai tolerar ações desses indivíduos. Como forma de colocar tal declaração em prática, o Exército local ergueu pontos militares em regiões estratégicas de Islamabad, com o objetivo principal de monitorar e dissolver eventuais manifestações. "Notam-se também veículos do Exército em patrulha pela cidade, o que não é comum", descreve a embaixada. "Entretanto, a situação mantém-se tranqüila e todas as atividades prosseguem normalmente", ressalva. De qualquer maneira, a Embaixada do Brasil informou que mais uma família brasileira manifestou sua intenção de deixar provisoriamente o Paquistão, nos próximos dias. "Poucos brasileiros permanecem no Paquistão". Conforme o comunicado, na mesma reunião com ministros, declarou Musharraf não ser admissível que a Aliança do Norte, principal grupo rival ao Taleban, tome o poder em Cabul, capital do Afeganistão. "Para o Paquistão, é extremamente importante contar com um governo amistoso em Cabul. Segundo Musharraf, os Estados Unidos e demais membros da coalizão internacional que ataca o Taleban compreendem que um futuro regime em Cabul deverá ser representativo, com ampla base política e demográfica", informa o documento. Nesse cenário, Musharraf disse que o antigo monarca Zahir Shah, hoje com 86 anos, poderá ter um papel em futuro regime afegão, conforme o entendimento a que se chegar entre as facções. Leia o especial

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