PUBLICIDADE

Governo russo afirma que Reino Unido deveria pedir desculpas por acusações de envenenamento

Dois novos casos de vítimas intoxicadas por Novichok foram confirmados pelas autoridades britânicas; substância é a mesma utilizada contra o ex-espião Skripal e sua filha

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:
Policiais fazem guarda na entrada da Rua Muggleton, onde um casal foi encontrado desacordado em consequência do envenenamento por Novichok. Foto: REUTERS/Henry Nicholls

MOSCOU - O governo russo afirmou nesta quinta-feira, 5, que o governo britânico deveria pedir desculpas à Rússia e à comunidade internacional pelas acusações de que o Kremlin está por trás dos casos de envenenamento por Novichok. A declaração foi feita pela porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zajarova, após a confirmação de que duas novas pessoas foram envenenadas pela substância que também intoxicou o ex-espião Sergei Skripal e sua filha Yulia.

PUBLICIDADE

Londres responsabilizou a Rússia pelo envenenamento dos Skripal e, segundo autoridades britânicas, as novas vítimas entraram em contato com o mesmo agente tóxico, produzido pela União Soviética. A identidade das duas novas vítimas não foi revelada, mas segundo informou a polícia britânica, trata-se de um homem e uma mulher, ambos na casa dos 40 anos.

+ Rússia desconhece substância usada contra casal intoxicado e diz que caso é 'preocupante'

Eles foram atendidos pelo serviço de emergência em Amesbury, a 11 quilômetros de Salisbury, onde moravam Skripal e sua filha. O casal agora está internado no Hospital Distrital de Salisbury, onde as vítimas anteriores foram tratadas, e seu estado de saúde é crítico.

+ Perguntas e Respostas: o que se sabe sobre os envenenamentos por Novichok no Reino Unido

Além do pedido de desculpas, Moscou também disse à polícia britânica para não se misturar com o que chamou de "jogos políticos sujos". "Pedimos à polícia britânica que não se misture com jogos políticos sujos iniciados por certas forças em Londres, e que coopere com as forças de segurança russas nessa investigação", disse Maria, em entrevista coletiva. / AFP

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.