Governo somali fará uma busca por suspeitos de ataque

Nenhum dado oficial sobre os feridos no ataque estava disponível no domingo à noite, após ataque a um comboio de soldados somalis e etíopes em Mogadiscio

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Por Agencia Estado
Atualização:

Soldados do governo e seus aliados etíopes empreendem, nesta segunda-feira, uma busca de casa em casa à procura dos homens armados que atacaram um comboio de soldados somalis e etíopes em Mogadiscio, lançando granadas propelidas por foguete que destruíram um veículo militar e dando início a um tiroteio de meia hora, afirmaram os moradores. Nenhum dado oficial sobre os feridos no ataque estava disponível no domingo à noite na capital do distrito de Hurwa, no nordeste. No mês passado, o governo, com a importante ajuda dos militares etíopes, expulsou uma milícia islâmica que havia controlado grande parte do sul da Somália desde o verão. Mas os combates esporádicos continuam e os líderes do movimento islâmico prometeram conduzir uma guerra de guerrilha enquanto as tropas etíopes permanecerem na Somália. No vizinho Quênia, a polícia prendeu um líder importante do movimento militante islâmico da Somália, afirmou um funcionário queniano da segurança, citando um relatório da polícia. A identidade do líder não foi revelada, disse a autoridade, que falou sob anonimato. "Os moradores do distrito de Hurwa pararam de mandar as crianças para a escola, tendo em vista que as escolas e o comércio foram fechados", afirmou Shine Moalim Hussein, morador das vizinhanças. "Os soldados etíopes e somalis estão realizando buscas de casa em casa." "Vi um veículo militar etíope pegando fogo depois de ser atingido por uma granada propelida por um foguete", afirmou Shine Moalim Hussein, que mora perto da área do ataque. "Quando a troca de tiros começou, por volta das 11 horas, fechei meu pequeno quiosque e fugi." Nesta segunda-feira, o presidente Abdullahi Yusuf indicou um prefeito e um administrador para a capital, Mogadiscio. Esta é uma medida que um grupo de diplomatas europeus, africanos e americanos, conhecido como o Grupo de Contato Internacional na Somália, havia dito no início do mês que seria um passo importante para que o governo estabeleça sua autoridade. O primeiro-ministro da Somália, Ali Mohamed Gedi, condenou as críticas européias ao ataque aéreo americano realizado na semana passada na Somália, afirmando que ele era necessário para combater o terrorismo, de acordo com uma entrevista publicada nesta Segunda-feira. O ataque aéreo na segunda-feira da semana passada contra supostos combatentes da Al-Qaeda no sul do país recebeu críticas internacionais, com a União Africana, a União Européia e as Nações Unidas entre aqueles que expressaram preocupação sobre as futuras perspectivas para a paz na Somália e sobre os civis que possivelmente tenham sido pegos em meio à troca de tiros. "Os países europeus, e a Itália em particular, deveriam entender melhor a realidade da Somália", declarou Gedi em entrevista ao jornal La Repubblica, de Roma.

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