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Governo somali prepara ataque contra milícias islâmicas

Soldados somalis, apoiados por tropas da Etiópia, capturaram uma cidade do sul perto da fronteira com o Quênia para preparar o ataque

Por Agencia Estado
Atualização:

Soldados somalis, apoiados por seus colegas da Etiópia, capturaram uma cidade do sul perto da fronteira com o Quênia na última quinta-feira à noite e preparavam um grande ataque para esta sexta-feira contra a última fortaleza dos milicianos islâmicos. Navios de guerra dos EUA patrulham a costa da Somália para evitar que os milicianos fujam por mar. O coronel Barre "Hirale" Aden Shire, ministro da Defesa da Somália, disse que os milicianos islâmicos estavam entrincheirados perto do mar, em Ras Kamboni, no extremo sul da Somália. "Lançaremos hoje um grande ataque contra as milícias islâmicas. Vamos usar soldados da infantaria e aviões de caça", afirmou Shire, que foi nesta sexta-feira para a região da batalha. "Os milicianos escavaram grandes trincheiras em torno de Ras Kamboni, mas têm apenas duas opções: entrar no mar ou combater e morrer." O governo da Somália e os soldados etíopes perseguiram as milícias islâmicas na semana passada, empurrando-as para fora da capital e das suas fortalezas, em direção ao sul da Somália. A resposta da Al-Qaeda O vice-líder da Al-Qaeda exortou a milícia islâmica a preparar uma emboscada e atacar as forças etíopes com minas terrestres e ataques suicidas, de acordo com uma fita de áudio divulgada nesta sexta-feira. "Falo para vocês enquanto as forças cruzadas invasoras etíopes violam o solo da amada Somália muçulmana", afirmou Ayman al-Zawahiri numa gravação de áudio. A Etiópia tem uma grande população cristã. A fita de áudio, com uma duração de mais de cinco minutos, não pôde ser checada logo, mas foi divulgada num site freqüentemente usado pelos militantes, que tem o logotipo do setor de produção da Al-Qaeda,o al-Sahab. Acredita-se que os três homens suspeitos de serem membros da Al-Qaeda e que são procurados pelos bombardeios das embaixadas americanas no leste da África, em 1998, sejam os líderes do movimento islâmico na Somália. Os líderes do movimento negam ter qualquer ligação com a rede terrorista.

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