Governo tenta conter onda de protestos na China

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Por AE
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O governo chinês enfrenta uma onda de protestos contra abusos de poder e apropriação de terras em diferentes partes do país, dos quais pelo menos dois envolvem a explosão de bombas em prédios públicos. Ontem, a polícia impôs toque de recolher na cidade de Zengcheng, na Província de Cantão, depois que centenas de trabalhadores atearam fogo a edifícios do governo em protesto contra a agressão por seguranças de uma vendedora ambulante grávida.Apesar de 25 pessoas terem sido presas no domingo, mensagens e fotos postadas ontem no Weibo - versão chinesa do Twitter - indicam que centenas de pessoas desafiaram a proibição de sair às ruas e entraram em choque com a polícia pelo quarto dia consecutivo. Na sexta-feira, início dos protestos, uma explosão diante da sede do governo local feriu duas pessoas em Tianjin, a 120 quilômetros de Pequim.Há menos de um mês, três bombas foram detonadas em edifícios públicos em Fuzhou, na Província de Jiangxi, matando quatro pessoas, incluindo o autor do atentado, Qian Mingqi, um empresário de 52 anos que tentava, havia mais de uma década, obter compensação pela destruição de edifícios de sua propriedade por autoridades locais.Conflitos envolvendo a perda de terras também causaram manifestações na cidade de Lichuan, na Província de Hubei, onde moradores saíram às ruas na semana passada para protestar contra a morte sob custódia policial de Ran Jianxin, ex-chefe do departamento de combate à corrupção, preso sob acusação de receber propinas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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