Governo tomará medidas para tirar armas de prisão, diz ministra venezuelana

Vídeo divulgado nesta semana nas redes sociais causou polêmica após detentos na Ilha Margarita aparecerem atirando para o alto em homenagem a colega assassinado

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CARACAS - A ministra de Assuntos Penitenciários da Venezuela, Iris Varela, disse na noite de quarta-feira que o governo tomará medidas para recolher as armas que aparecem com presos dentro de uma prisão na Ilha Margarita.

A declaração de Iris foi uma resposta a um vídeo circulando nas redes sociais que mostra presos dando tiros para o ar para homenagear um líder assassinado. "Faremos uma requisição para este presídio, somos obrigados a recolher todas essas armas que estão lá porque é isso que fazemos", afirmou a ministra em entrevista à emissora Unión Radio.

Presos disparam para o alto de dentro de prisão na Ilha Margarita, na Venezuela Foto: Reprodução

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Iris disse também que atualmente na prisão estão apenas presos em regime fechado que tiveram as visitas de seus parentes suspensas. Segundo a ministra, os funcionários administrativos do local foram retirados para que a operação possa ser realizada.

"As visitas estão suspensas até que seja feita essa varredura e se recupera todas as armas que estão nessa prisão." A ministra também se mostrou "indignada" pelo que qualificou de "escândalo", ao referir-se ao deputados de oposição que na quarta-feira pediram na Assembleia Nacional uma investigação para determinar se o armamento dentro da penitenciárias seria composto por armas de guerra.

Os opositores também pediram a criação de uma comissão especial para investigar a situação das prisões venezuelanas.

No vídeo, os presos da prisão de San Antonio homenageiam oex-líder e ex-prisioneiro Teófilo Cazorla, conhecido como "El Conejo", atirando para o alto. Conejo foi morto no fim semana quando saia de uma casa noturna em Margarita.

Sobre a origem das armas, Iris afirmou que "máfias formadas por funcionários" das prisões são responsáveis por levar os equipamentos para dentro das prisões venezuelanas. "O armamento entra porque há um corruptor e um corrompido", disse a ministra. / AFP e EFE

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