02 de dezembro de 2014 | 11h36
Foi acertado que as negociações acontecerão no sábado e que os armamentos pesados começarão a ser retirados da frente no final de semana, informou a OSCE em comunicado divulgado na noite de segunda-feira.
Igor Plotnitsky, chefe do movimento rebelde em Lugansk, confirmou o acordo de cessar-fogo em declarações feitas à agência de notícias russa Interfax, mas enfatizou que um acordo definitivo não foi alcançado a respeito da extensão da zona desmilitarizada. Ele disse à Interfax que a distância pode oscilar entre 15 quilômetros e 20 quilômetros.
Outros acordos de cessar-fogo foram fechados anteriormente no leste da Ucrânia, mas foram rapidamente violados. Uma trégua mais ampla foi acertada no início de setembro, após conversações com todos os envolvidos realizadas na Bielorrússia, mas centenas de pessoas foram mortas desde então, em meio a violações diárias do pacto.
Na segunda-feira, um acordo foi alcançado com o objetivo de encerrar os combates sobre o aeroporto na capital da região de Donetsk, mas barragens de foguetes continuaram a ser lançadas durante horas na região.
Teme-se que os esforços para a imposição de um cessar-fogo na região de Lugansk possam ser prejudicados pelas lutas entre forças separatistas.
Embora áreas rebeldes estejam nominalmente sob o controle da República Popular de Lugansk, a maior parte do território está, de fato, sob o domínio de cossacos russos, que frequentemente demonstram sua rejeição à autoridade de Plotnitsky.
Nos últimos dias têm havido vários relatos, não confirmados, de violentos confrontos entre combatentes da República Popular de Lugansk e unidades cossacas. O relatório da OSCE diz, porém, que a República Popular de Lugansk afirma que controla todas as unidades cossacas. Fonte: Associated Press.
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