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Governo uruguaio rebate críticas feitas por família síria refugiada

Segundo Ministério de Direitos Humanos, governo cumpre 'programa previsto de apoio econômico'; refugiados alegam que não conseguem emprego e custo de vida no país é elevado

Atualização:

MONTEVIDÉU - O Ministério de Direitos Humanos, sob a presidência uruguaia, respondeu as críticas feitas por uma das cinco famílias de refugiados sírios que chegaram em outubro de 2014 ao país sul-americano. Em declarações ao jornal local El País, a família do sírio Merhi Alshebli se queixou de que o governo uruguaio não cumpriu com o que havia prometido.

"Mostraram maravilhas do Uruguai e nos disseram que meus irmãos mais velhos iriam conseguir um trabalho logo. Como queríamos melhorar, nossos pais aceitaram a oferta, mas estamos muito pior do que antes. Nunca nos disseram que viver aqui era tão caro", disse ao jornal um dos filhos de Alshebli.

Refugiados sírios acampam na Praça da Independência, em Montevidéu, em setembro de 2015 para protestar contra governo do país Foto: REUTERS/Andres Stapff

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Em um relatório emitido na sexta-feira, o Ministério de Direitos Humanos do Uruguai assinalou que "vem cumprindo com o programa previsto de apoio econômico" para cada uma das cinco famílias que chegaram ao país fugidos da guerra.

A família Alshebli está instalada em um campo na área de Salto, cedida pelo governo, a 480 km ao norte de Montevidéu, segundo acrescenta o relatório publicado na página oficial da presidência.

O governo também afirmou que realizou o necessário para que os nove filhos da família concorram a centros educativos e para que todos eles possam contar com uma cobertura gratuita de saúde.

Em novembro passado a família Alshebli foi sancionada com a retirada de uma parte da ajuda econômica que recebiam, pois o pai agrediu a equipe encarregada do Programa de Reassentamento de Famílias Sírias.

Também no ano passado, em setembro, Alshebli protestou junto com outras quatro famílias durante vários dias em frente a sede do governo uruguaio solicitando sair do país. / AFP

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