CARACAS - O governo da Venezuela interveio nas corporações regionais de polícia nos cinco estados em que seus candidatos a governador foram derrotados pela aliança opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) nas eleições regionais do último domingo, cujos resultados foram amplamente questionados.
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Em uma edição do "Diário Oficial" do país sul-americano, difundida nesta sexta-feira por veículos da imprensa venezuelana, estão estabelecidas as cinco resoluções do Ministério de Interior e Justiça para as corporações policiais de dois estados do leste, Nueva Esparta e Anzoátegui, de Mérida, na região dos Andes a oeste, bem como em Zulia e Táchira, territórios fronteiriços com a Colômbia.
“(As resoluções) ordenam iniciar a intervenção nas corporações de polícia pela suposta participação em massa e continuada de seus funcionários e funcionárias em violações de direitos humanos, em redes criminosas e em atividades que atentam contra a ordem constitucional”, diz o decreto do “Diário Oficial” datado de quarta-feira. O governo nomeou juntas interventoras nas cinco regiões e determinou que elas têm autoridade para submeter a auditorias todo o pessoal, para fazer redução do quadro de funcionários e uma reestruturação administrativa, além de ativar o serviço de polícia comunal, uma força de proximidade que se define como “predominantemente preventiva”. A decisão também proíbe que as corporações policiais afetadas realizem a prestação de serviços, bem como a aquisição de armas, munição e equipamento básico durante o tempo que durar a intervenção; 180 dias, com a possibilidade de uma prorrogação por mais 90./ EFE