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Governos de 8 países apoiam recontagem de votos em Honduras

Oposição pede que atas de votação sejam revisadas, e a Organização dos Estados Americanos disse que pode chamar por novas eleições caso 'irregularidades' enfraqueçam a credibilidade dos resultados

Atualização:

GUATEMALA - Os governos de Argentina, Chile, Colômbia, Guatemala, México, Paraguai, Peru e Uruguai declararam nesta quarta-feira, 6, o apoio à recontagem da totalidade das atas interpeladas que o Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) anunciou em Honduras depois das eleições presidenciais. O presidente candidato à reeleição aceitou que os votos passassem por nova contagem.

Juan Orlando Hernández concordou com a recontagem de votos das eleições presidenciais. Foto: Jorge Cabrera/Reuters

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Os oito países latino-americanos também defenderam o comunicado preliminar da Missão de Observação Eleitoral da Organização dos Estados Americanos (OEA) no qual apela para um acordo legítimo entre os principais candidatos, o atual Juan Orlando Hernández e o opositor Salvador Nasralla. Além disso, os sete governos pediram aos cidadãos hondurenhos "esperar de maneira pacífica a recontagem dos votos" e reafirmaram o compromisso "com o fortalecimento da democracia na região".

++ Apoiados pela polícia, hondurenhos desafiam estado de sítio pós-eleitoral

A OEA disse nesta quarta-feira poderá chamar por novas eleições no país da América Central se quaisquer "irregularidades" enfraquecerem a credibilidade dos resultados. Em um comunicado, a organização pediu pelo retorno dos direitos governamentais. Honduras supendeu, também nesta quarta, o toque de recolher em oito regiões, ou departamentos, depois de as áreas não serem consideradas de risco para a ordem pública.

++ Policiais de Honduras se recusam a conter manifestantes durante toque de recolher

As eleições recentes, que ocorreram no dia 26 de novembro, foram cercadas de dúvidas, reclamações e protestos da oposição e do governo devido à demora na divulgação do resultado, que levou uma semana. A crise política pela suposta fraude continua, e Nasralla fez uma petição para que um tribunal internacional revise as 18.128 atas eleitorais, "voto por voto", sem a participação do tribunal local. O TSE respondeu que se pode atender a qualquer pedido dos partidos com base na lei. Hernández assinou um documento junto com a OEA no qual concorda com uma nova contagem dos votos pelo TSE de Honduras.

As manifestações oriundas da suposta fraude, algumas com atos de vandalismo, deixaram cerca de 20 mortos, dezenas de feridos, mais de mil presos e perdas milionárias, segundo diversas fontes. Em Honduras, não há segundo turno e ganha quem recebe mais votos. /EFE e Reuters

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