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Grã-Bretanha decidirá sobre ofensiva sem aval da ONU, diz Straw

"Somos um país com soberania independente", disse o ministro de Relações Exteriores em entrevista à rádio BBC. O primeiro-ministro Tony Blair, por sua vez, disse que Saddam Hussein não terá outra chance para se desarmar. O Parlamento britânico vota moção amanhã.

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro das Relações Exteriores da Grã-Bretanha, Jack Straw, disse hoje que o país tomará sua própria decisão sobre a condução de uma ofensiva militar contra o Iraque sem participação das Nações Unidas. A Grã-Bretanha mantém sua "independência", embora tenha participado da elaboração da nova resolução, junto aos Estados Unidos e a Espanha, que diz ao Iraque ter perdido sua última oportunidade de desarmar-se pacificamente. "Somos um país com soberania independente", disse Straw em entrevista à rádio BBC. "Ainda não tomamos nossa decisão em relação a ação militar", acrescentou. Segundo ele, o país pode votar o novo modelo de resolução nas duas próximas semanas, mas sugeriu que pode ir a guerra sem aprovação das Nações Unidas. Embora o governo não tenha necessite de autorização da Câmara dos Deputados para lançar ofensiva militar, Straw ressaltou que buscará o aval parlamentar para qualquer ação, a menos que um ataque seja realizado repentinamente. "Qualquer decisão do gabinete será encaminhada para aprovação da Câmara dos Deputados", afirmou. "Temos de considerar que se uma ação militar ocorrer repentinamente, teremos de encaminhar a decisão a Camara depois", disse. Blair diz que Saddam não terá outra chance Já o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, disse, na abertura de sessão no Parlamento para discutir o Iraque, que Saddam Hussein não tem "nenhuma outra chance final" para se desarmar. Blair afirmou que a resolução 1441 demandou "comprometimento total, incondicional e imediato, não 10%, 20% ou 50%, mas 100% de comprometimento". A Câmara dos Deputados deve votar amanhã uma moção apoiando a posição do governo em relação ao Iraque nas Nações Unidas. Os parlamentares temem que uma moção possa ser interpretada como autorização velada a guerra. Muitos parlamentares são também contra uma ação militar sem o aval das Nações Unidas. As informações são das agências internacionais.

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