Grã-Bretanha divulga o que seriam provas contra Bin Laden

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Por Agencia Estado
Atualização:

Existem evidências vinculando a maioria dos seqüestradores suicidas nos Estados Unidos a Osama bin Laden, afirmou hoje o governo britânico, sem divulgar, no entanto, qualquer detalhe em um novo dossiê de provas contra o líder da rede Al-Qaeda. "Dos 19 seqüestradores envolvidos (nos ataques) em 11 de setembro de 2001, foi estabelecido que a maioria tinha ligações com a Al-Qaeda", garante o documento, divulgado pelo escritório do primeiro-ministro Tony Blair. "Um alto associado de Bin Laden assumiu ter treinado alguns dos seqüestradores no Afeganistão. Os ataques de 11 de setembro foram semelhantes, tanto em sua ambição quanto ao pretendido impacto, a ataques anteriores assumidos por Osama bin Laden e a Al-Qaeda, e também teve características comuns (com os precedentes)". Como havia dito em seu relatório anterior, de 4 de outubro, o governo britânico sublinhou que existe "evidência de natureza bem específica, relacionada à culpa de Bin Laden e seus associados, que é sensível demais para ser divulgada". Com isto, Londres provavelmente quis dizer que as pessoas que participaram da coleta de informações ficariam expostas se tais informações viessem a público de maneira detalhada. O documento britânico citou também um vídeo supostamente produzido em 20 de outubro, no qual Bin Laden teria praticamente admitido responsabilidade pelos atentados de 11 de setembro. Segundo o documento britânico, Bin Laden teria dito: "Foi o que instigamos por certo tempo, em autodefesa. Assim se vingar a morte de nosso povo é terrorismo, deixem a história testemunhar que somos terroristas. A batalha foi levada para dentro da América e devemos continuá-la até que vençamos esta batalha, ou morrer na causa e encontrarmos nosso Criador". O documento também afirma que Bin Laden disse que "o mau terrorismo é aquele que a América e Israel estão praticando contra nosso povo. O que estamos praticando é o bom terrorismo que irá fazê-los parar com o que fazem". Muito do material já havia sido publicado pelo jornal The Sunday Telegraph. Bin Laden fez ameaças específicas contra os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, segundo o documento. "Bush e Blair não entendem outra linguagem senão a da força. Toda vez que eles nos matam, nós matamos eles, assim o equilíbrio do terror é alcançado", teria dito Bin Laden. Leia o especial

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