Grã-Bretanha enviará moderno navio de guerra às Ilhas Malvinas

Troca de embarcações da Marinha Real já estava programada, afirma Ministério da Defesa

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LONDRES - A Grã-Bretanha enviará às ilhas Malvinas nos próximos meses um dos navios de guerra mais modernos da Marinha Real, informou nesta terça-feira, 31, o Ministério de Defesa britânico. Trata-se do destroier HMS Dauntless, que nos partir em direção ao Atlântico Sul e substituirá a fragata britânica HMS Montrose, disse um porta-voz da pasta.

 

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De acordo com o ministério, a troca de embarcações já estava programada, mas ocorre em um momento de tensão entre o Reino Unido e a Argentina pela soberania das ilhas, com a proximidade do 30º aniversário da guerra que os dois países mantiveram.

 

"A Marinha Real teve uma contínua presença no Atlântico Sul durante muitos anos. O envio do HMS Dauntless ao Atlântico Sul estava planejado há muito tempo, é (uma medida de) rotina, de substituição a outro navio de patrulha", afirmou um porta-voz do Ministério da Defesa.

 

O HMS Dauntless é um dos seis novos destróieres com que a Marinha britânica conta e é equipado com um avançado sistema de navegação que dificulta sua detecção por radar. Estes navios têm ainda mísseis antiaéreos de alta tecnologia e podem transportar cerca de 60 militares, além de poder acomodar helicópteros tipo Chinook.

 

Tensões

 

As relações entre Grã-Bretanha e Argentina atravessam um momento de tensão, especialmente desde que vários países latino-americanos decidiram bloquear a entrada de navios com bandeira das ilhas do Atlântico Sul em seus portos. Em uma cúpula realizada em dezembro em Montevidéu, os países do Mercosul - Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai - acertaram impedir o acesso destes navios.

 

Diante desta situação, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, informou há 14 dias ao Parlamento que tinha convocado o Conselho Nacional de Segurança para tratar da situação e acusou a Argentina de "colonialismo" por reivindicar a soberania das ilhas. O governo argentino considerou "ofensiva" a declaração de Cameron, que insiste que respeita a vontade dos habitantes da ilha de manter a soberania britânica.

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Neste ano completam-se 30 anos da guerra entre os dois países pela posse das Malvinas, que terminou em 14 de junho de 1982 com a rendição da Argentina. No conflito bélico morreram 255 militares britânicos e mais de 650 argentinos. 

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