PUBLICIDADE

Grande favela da capital segue como ameaça

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Na patrulha noturna que o Estado acompanhou em Cité Soleil, a maior favela do Haiti, havia muita gente pelas ruas. Crianças e adolescentes amontoavam-se diante de uma TV para ver um filme de ação, vibrando com as cenas de violência. No bairro, há dois centros de votação que preocupam os militares brasileiros - são 15 mil eleitores registrados em cada um deles. Muitos integrantes do partido Família Lavalas - do ex-presidente haitiano,Jean-Bertrand Aristide, exilado na África do Sul - vivem na região. Eles têm estimulado o boicote eleitoral sob a alegação de que não passa de uma farsa. A reação do partido deve-se a sua exclusão do processo eleitoral, determinada pelo Conselho Eleitoral Provisório, como punição pelo não cumprimento das exigências legais. Um documento da Minustah, ao qual o Estado teve acesso com exclusividade, prevê risco de "manifestações violentas, intimidação de eleitores por grupos armados e ações de violência nos centros de votação". "Mas nós estamos preparados para que as eleições transcorram em absoluta tranquilidade", disse o comandante das Forças de Paz da ONU, general Floriano Peixoto Vieira Neto. "Estamos em todo o país com esse propósito. Fora de Porto Príncipe, provemos logística e segurança. Em Porto Príncipe, apoiamos a apuração dos resultados em conjunto com outros órgãos", disse.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.