Greve leva mais de 1 milhão de pessoas às ruas na Itália

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Por Agencia Estado
Atualização:

Mais de um milhão de pessoas participaram de manifestações nesta sexta-feira nas principais cidades da Itália para marcar uma greve geral de oito horas, segundo números dos organizadores. A paralisação, convocada pela maior central sindical do país, a Confederação Geral Italiana do Trabalho (CGIL), afetou os serviços de transporte, bancos, correios e obrigou o fechamento de museus e monumentos. "É uma magnífica jornada de greve com uma alta adesão a todas as manifestações: somos mais de um milhão nas ruas", afirmou Guglielmo Epifani, que há um mês assumiu a presidência da CGIL em substituição ao carismático Sergio Cofferati, conhecido por sua forte oposição ao primeiro-ministro Silvio Berlusconi. Segundo dados da CGIL, a participação à greve geral - a segunda organizada em seis meses contra a política econômica do governo conservador, principalmente em oposição à reforma trabalhista - atingiu 60% na indústria em geral e quase 100% em várias metalúrgicas. Por outro lado, os sindicatos CISL e UIL (católico e centrista, respectivamente), que renovaram sua oposição à greve, estimaram pela metade a adesão ao movimento. A paralisação de hoje - convocada unicamente pela CGIL - ocorre em meio a uma grave crise na indústria italiana, e em particular na primeira empresa privada do país, a Fiat, que na semana passada anunciou a demissão de cerca de 8.000 de seus funcionários.

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