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Greve paralisa grande parte da Argentina

Por Agencia Estado
Atualização:

A greve geral convocada pela Confederação Geral do Trabalho (CGT) dissidente em protesto contra o modelo econômico teria conseguido paralisar grande parte do país. Segundo os sindicalistas, 60% dos trabalhadores do país não trabalharam. No entanto, segundo a ministra do Trabalho, Patricia Bullrich, a proporção teria sido inversa: 60% não teria acatado a greve. A CGT dissidente conseguiu paralisar o transporte público das principais cidades do país. Em Buenos Aires, os ônibus não trabalharam, e os trens apenas funcionaram parcialmente. As escolas públicas, que estavam em greve desde a segunda-feira, permaneceram fechadas, enquanto professores do Estado e universitários realizaram piquetes em algumas avenidas portenhas. Houve incidentes na cidade de Neuquén, onde manifestantes entraram em choque com a polícia depois de apedrejar as sedes de bancos privados. Na cidade de Mar del Plata dezenas de ônibus que tentaram furar a greve foram atacados com pedras. A greve teve grandes efeitos nas cidades de Córdoba e Rosário, onde o nível de desemprego é elevado. Em diversas regiões do país o sindicato dos caminhoneiros realizaram piquetes nas estradas. O líder da CGT dissidente, Hugo Moyano, anunciou que no meio do dia havia se reunido com o ministro da Economia, Domingo Cavallo. "O ministro nos pediu uma trégua para a greve geral de 48 horas programada para os dias 5 e 6 de abril", explicou Moyano, que disse que somente tomará uma decisão depois consultar a cúpula da central sindical.

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