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Greves esfriam na França, mas ainda causam transtorno

Por Agencia Estado
Atualização:

Centenas de manifestantes invadiram a estação ferroviária de Lyon e o aeroporto de Orly, na França, em protesto contra a reforma previdenciária proposta pelo governo do primeiro-ministro Jean-Pierre Raffarin, que aumentaria a idade mínima para requerer o benefício, apesar de o movimento grevista dar sinais de um esfriamento. Em Tolosa, os grevistas levantaram 20 barricadas e impediram o acesso da população ao sudoeste da cidade. Na região de Essonne, no sul de Paris, os grevistas do serviço ferroviário tomaram um ponto de conexão de trens e uma linha urbana. Centenas de professores que protestam contra a reforma na educação, também ocuparam uma estação de ônibus em Bagnolet, no subúrbio parisiense de Seine-Saint-Denis. O porto de Le Havre, no noroeste do país, também foi bloqueado por professores e carteiros, segundo uma rádio local. Didier Le Reste, secretário da divisão ferroviária da Confederação Geral dos Trabalhadores, a única central sindical que participa das greves nesta semana, havia advertido nesta quinta-feira sobre a possibilidade de ações "um pouco mais radicais se o governo persistir em sua provocação". Ontem, outros quatro sindicatos convocaram uma nova greve para o dia 10 de junho, mesmo dia em que o parlamento francês discutirá o impopular plano de reforma do sistema previdenciário. Apesar da greve, a manifestação parece perder força. Hoje, os trens Eurostar, que unem Paris a Londres não foram afetados, assim como os metrôs funcionavam normalmente. Apenas os trens de Marselha até Reims e Niza foram paralisados. O governo de centro-direita de Raffarin se mantém firme nos planos de reformar o deficitário sistema de pensões da França. No entanto, as centrais sindicais simplesmente não aceitam os planos, embora alguns sindicatos aceitem "verdadeiras negociações".

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