Greves perdem força na França e na Alemanha

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Por Paris
Atualização:

As greves do transporte ferroviário na França e Alemanha entraram ontem em seu terceiro dia com menos força e a população dos dois países cada vez mais irritada com as paralisações. Na França, onde os sindicatos de transporte ferroviário entraram em greve para protestar contra os planos do governo do presidente Nicolas Sarkozy de cortar as aposentadorias especiais da categoria, apenas um terço dos maquinistas manteve a paralisação. Na SNCF, a estatal de transportes ferroviários nacionais e internacionais, apenas 32% dos trabalhadores continuaram em greve, em relação à adesão de 61,5% na quarta-feira, quando a paralisação foi iniciada. Pesquisas realizadas nos últimos dias mostram que 58% dos franceses apóiam as reformas propostas pelo governo. Fortalecido pelo apoio da opinião pública, o Ministério do Trabalho anunciou que as negociações com os sindicatos só serão retomadas após o término da paralisação. Mas vários sindicatos decidiram manter a greve até segunda-feira. Na Alemanha, que enfrenta sua pior paralisação do sistema ferroviário, uma pesquisa publicada ontem pelo jornal Bild revelou que o apoio à greve caiu 10 pontos porcentuais. A paralisação de 62 horas, que deve terminar na madrugada de hoje, foi convocada pelo sindicato GDL, que exige aumento salarial para os 34 mil maquinistas filiados. Segundo o sindicato, os condutores alemães ganham muito menos em relação aos de outros países europeus. Com a greve, o transporte de carga no país foi fortemente prejudicado. ANDREI NETTO, COM REUTERS

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