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Gripe: países da AL unem forças para enfrentar vírus

Por AE-AP
Atualização:

Os ministros membros do Conselho de Saúde da União de Nações Sul-americanas (Unasul) definiram hoje a estratégia para pedir aos países desenvolvidos, à Organização Mundial da Saúde (OMS) e às companhias farmacêuticas o acesso a vacinas, medicamentos e assistência técnica para combater a gripe suína na região. Reunidos no Equador antes da reunião da Unasul, os ministros disseram que a região precisaria de 200 milhões de doses de vacinas. Embora essa vacina ainda não tenha sido descoberta, diversos países "do primeiro mundo (...) já a têm pré-comprada", disse a ministra da Saúde do Equador, Caroline Chang, encarregada de explicar à imprensa os pontos estipulados pelo Conselho de Saúde, que estarão na Declaração de Bicentenário.Os governos da Unasul reiteraram seu apoio à "liderança" da OMS, para que a organização negocie com "os laboratórios e países do primeiro mundo" e "garanta o acesso à população mais vulnerável", disse Chang. Adicionalmente, os governos se comprometeram a não comprar remédios para o vírus A (H1N1), causador da gripe suína, "a preços acima do estabelecido, evitando que, dessa maneira, os interesses comerciais se aproveitem do pânico e da incerteza causados pela pandemia", afirmou Chang.Jeanette Vega, subsecretária de Saúde Pública do Chile, disse que os países latino-americanos vão desenvolver uma estratégia "de priorização comum". De acordo com os dados regionais, 30% da população dessas nações "fariam parte dos grupos vulneráveis", disse. A reunião extraordinária do Conselho de Saúde, em Quito, teve a participação dos ministros e altos representantes dessa pasta do Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai, além de representantes do México. A Unasul é formada por Brasil, Argentina, Bolívia, Colômbia, Chile, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Uruguai, Suriname e Venezuela. O Governo do Equador assumirá na segunda-feira a Presidência da Unasul das mãos da governante chilena, Michelle Bachelet, em cerimônia que será realizada em um convento agostiniano, no centro colonial de Quito.

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