
08 de agosto de 2011 | 16h03
A jovem, que segundo as Avós sempre teve dúvidas sobre a própria identidade, concordou em junho em realizar os testes de DNA no Banco Nacional de Dados Genéticos, onde são conservados os perfis genéticos de mais de 200 grupos familiares de desaparecidos na época da ditadura.
Em 2 de agosto, o banco de dados informou à Comissão Nacional pelo Direito à Identidade que a jovem é 99,9% compatível com a família Reinhold-Siver.
Os pais da jovem militaram no movimento peronista e depois na organização de guerrilha Montoneros. Foram sequestrados em agosto de 1977 em Haedo, localidade ao oeste de Buenos Aires, e levados à Escola de Mecânica da Marinha (ESMA) na capital, uma das prisões clandestinas da ditadura. Susana Siver estava grávida há quatro meses.
Segundo as Avós, Susana Siver conseguiu amamentar e ficar com Laura durante 15 dias. Os fuzileiros navais fizeram um berço com roupas brancas para o bebê e disseram que "entregariam a menina para os avós". Ao invés disso, foi entregue a uma família de militares. Segundo as Avós, cerca de 500 bebês nasceram no cativeiro ou foram sequestrados com seus pais durante a ditadura.
As informações são da Associated Press.
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