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Grupo armado invade parlamento de Michigan para exigir fim do confinamento

Grupo denominado 'Michigan United for Liberty' pede o retorno à normalidade no Estado; parlamentares usaram coletes à prova de balas

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Por Redação
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LANSING, ESTADOS UNIDOS - Manifestantes, incluindo um grupo que portava fuzis e outras armas longas, invadiram o Parlamento de Michigan, sede do Poder Legislativo estadual, nesta quinta-feira, 30, para exigir o fim das regras de confinamento adotadas para conter a propagação do novo coronavírus. O Estado, governado pela democrata Gretchen Whitmer, adotou regras que restringem a circulação das pessoas em razão da pandemia, que matou cerca de 3.500 pessoas na região, e pretendia ampliar o prazo do confinamento.

O protesto ocorre um dia depois de um tribunal estadual decidir que as diretrizes de confinamento emitidas pela governadora, em 24 de março, não violam os direitos constitucionais dos moradores.

Manifestante armado grita com policial no lobby de entrada do parlamento de Michigan. Foto: REUTERS/Seth Herald TPX IMAGES OF THE DAY

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Dezenas de manifestantes abarrotaram o lobby de entrada do edifício, exigindo que a entrada fosse liberada, mas foram impedidos pela polícia. Parlamentares chegaram a vestir coletes à prova de bala. Outro grupo protestou do lado de fora do parlamento, com pôsteres, incluindo um representando a governadora Whitmer como o ditador nazista Adolf Hitler.

A manifestação, denominada American Patriot Rally (Ato Patriota Americano, em tradução livre), foi organizada por um grupo que se denominou Michigan United for Liberty (Michigan Unido pela Liberdade). "Não estamos de acordo ou consentimos que nossos direitos inalienáveis sejam restringidos ou rescindidos por qualquer motivo, incluindo a pandemia covid-19", disse o grupo em sua página no Facebook.

Homens armados posam para foto após entrarem no Parlamento de Michigan. Foto: REUTERS/Seth Herald

"Acreditamos que todos os americanos e todos os habitantes de Michigan têm direito a trabalhar para manter nossas famílias, viajar livremente, reunir-se para cultos religiosos e para outros fins, reunir-se em protestos contra nosso governo e escolher nossos próprios cuidados médicos", destacaram.

Parlamentar relata medo

"Diretamente acima de mim, há homens com rifles gritando conosco", escreveu a parlamentar Dayna Polehanki, junto com uma foto mostrando quatro homens, incluindo pelo menos um que parecia estar carregando uma arma.

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"Alguns dos meus colegas que possuem coletes à prova de balas estão os usando. Nunca admirei tanto nossos sargentos de armas (responsáveis pela segurança do Parlamento) como hoje", disse.

Foi a segunda vez este mês que os manifestantes exigiram que o governo retirasse as restrições de confinamento. O Estado de Michigan tem 3.500 pessoas mortas pelo coronavírus, segundo a contagem da Universidade Johns Hopkins.

Ainda na quinta-feira, a governadora Gretchen Whitmer usou as redes sociais para se manifestar sobre o confinamento. Sem citar diretamente os protestos, Whitmer disse que os habitantes do Estado estão fazendo a parte deles para superar a pandemia.

"Eu já disse isso antes, e direi novamente: Michigan é um lugar extraordinário para morar para as pessoas que o chamam de lar. Há milhões de habitantes de Michigan fazendo sua parte para impedir a disseminação do covid-19 todos os dias. Nós vamos superar isso juntos ", ele twittou mais tarde na quinta-feira, sem comentar diretamente os protestos. /AFP

Correções

Manifestantes armados invadem Parlamento de Michigan para exigir fim do confinamento no Estado por Jeff Kowalsky LANSING, ESTADOS UNIDOS - Manifestantes, incluindo um grupo que portava fuzis e outras armas longas, invadiram o Parlamento de Michigan, sede do Poder Legislativo estadual, para exigir o fim das regras de confinamento adotadas para conter a propagação do novo coronavírus. Michigan, Estado localizado no nordeste dos EUA, é governado pela democrata Gretchen Whitmer. Dezenas de manifestantes abarrotaram o lobby de entrada do edifício, exigindo que a entrada fosse liberada, mas foram impedidos pela polícia. Parlamentares chegaram a vestir coletes anti-balas. "Diretamente acima de mim, há homens com rifles gritando conosco", escreveu a parlamentar Dayna Polehanki, junto com uma foto mostrando quatro homens, incluindo pelo menos um que parecia estar carregando uma arma. "Alguns dos meus colegas que possuem coletes à prova de balas estão os usando. Nunca admirei tanto nossos sargentos de armas (responsáveis pela segurança do Parlamento) mais do que hoje", disse. Mais manifestantes podem ser vistos do lado de fora com pôsteres, incluindo um representando a governadora Gretchen Whitmer como o ditador nazista Adolf Hitler. A manifestação, denominada American Patriot Rally (Ato Patriota Americano, em tradução livre), foi organizada por um grupo que se denominou Michigan United for Liberty (Michigan Unido pela Liberdade). "Não estamos de acordo ou consentimos que nossos direitos inalienáveis sejam restringidos ou rescindidos por qualquer motivo, incluindo a pandemia covid-19", disse o grupo em sua página no Facebook. "Acreditamos que todos os americanos e todos os habitantes de Michigan têm direito a trabalhar para manter nossas famílias, viajar livremente, reunir-se para cultos religiosos e para outros fins, reunir-se em protestos contra nosso governo e escolher nossos próprios cuidados médicos", destacaram. O protesto ocorre um dia depois de um tribunal estadual decidir que as diretrizes de confinamento emitidas pela governadora, em 24 de março, não violam os direitos constitucionais dos moradores. Foi a segunda vez este mês que os manifestantes exigiram que o governo retirasse as restrições de confinamento. O Estado de Michigan tem 3.500 pessoas mortas pelo coronavírus, segundo a contagem da Universidade Johns Hopkins. "Eu já disse isso antes, e direi novamente: Michigan é um lugar extraordinário para morar para as pessoas que o chamam de lar. Há milhões de habitantes de Michigan fazendo sua parte para impedir a disseminação do covid-19 todos os dias. Nós vamos superar isso juntos ", ele twittou mais tarde na quinta-feira, sem comentar diretamente os protestos. /AFP

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