09 de dezembro de 2010 | 10h30
O prêmio é dado um dia antes da cerimônia do Nobel para Liu Xiaobo, escritor e professor dissidente preso por pedir uma reforma política na China. Pequim respondeu duramente ao anúncio da honraria feito em outubro, ameaçando as relações com a Noruega, além de chamar de "palhaços" os membros do comitê do Nobel e pressionar os países para que não compareçam ao evento de entrega.
Os membros do júri de hoje negaram qualquer vínculo com o governo da China e também as sugestões de que o prêmio seria uma resposta ao Nobel para Liu. "Quanto mais prêmios da paz nós tenhamos no mundo, melhor", disse Yang, identificado como professor de "ideologia e cultura" da Universidade Tsinghua, de Pequim.
O presidente do júri, Tan Changliu, professor da Universidade Normal de Pequim, disse que o prêmio vinha sendo elaborado "há um longo tempo", mas se recusou a citar datas. O poeta chinês Qiao Damo, um dos "candidatos", disse que o silêncio de Lien diante da honraria poderia ser visto como uma "aceitação silenciosa" do prêmio.
Em Taiwan, o escritório do político informou hoje que não havia sido contatado sobre o prêmio e portanto não iria comentá-lo. Lien foi uma escolha segura politicamente. Ele é presidente de honra do partido Kuomintang, que busca relações amigáveis entre Taiwan e Pequim. Outros candidatos eram o ex-presidente sul-africano Nelson Mandela e Jimmy Carter, ex-presidente dos EUA. As informações são da Dow Jones.
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