Grupo de direitos humanos relata 24 mortes de manifestantes na Síria

Tropas do governo cercaram várias cidades onde houve protestos contra Assad nesta sexta

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Atualização:

BEIRUTE - Um grupo de direitos humanos da Síria disse que ao menos 24 pessoas morreram nos protestos desta sexta-feira, 29, contra o governo do presidente Bashar Al-Assad. Entre as vítimas estariam 15 civis que tentaram entrar na cidade de Deraa, cercada pelas tropas do governo.

 

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O ativista Mustafa Osso afirmou que o número de mortes ainda pode subir. Sua organização ajuda a contar as mortes na Síria, já que o rígido controle exercido pelo governo sobre a atuação da imprensa no país impede a checagem independente das informações passadas pelas testemunhas.

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Milhares de pessoas foram às ruas da Síria para protestar nesta sexta-feira, após as preces semanais muçulmanas. A multidão pedia a renúncia do presidente Bashar al-Assad e demonstrava apoio à população de Deraa, epicentro dos protestos que ocorrem há seis semanas. O regime de Damasco enviou milhares de soldados, apoiados por tanques e atiradores de elite, para Deraa e outros locais para acabar com os protestos.

 

As sextas-feiras costumam ser dias violentos na Síria. Os manifestantes organizam protestos para depois do período de orações que geralmente acabam em confrontos com as forças de segurança e, consequentemente, deixam feridos e mortos.

 

A última sexta-feira, dia 22, foi o mais violento da revolta até agora. A repressão das forças de segurança às marchas deixou ao menos 70 mortos só naquela data. Ativistas estimam que desde o meio de março, quando começaram os protestos, 450 pessoas morreram na Síria.

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Assad suspendeu as leis de emergência que estavam vigentes no país há décadas, mas a medida não foi o suficiente para acalmar os protestos. Os sírios querem o fim do regime, que já dura 11 anos, e protestam por mais liberdade política. As informações são da Associated Press.

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