
09 de agosto de 2011 | 21h05
LONDRES - O líder de um grupo britânico de extrema direita anunciou na noite desta terça-feira, 9, que mil integrantes de sua organização sairão às ruas com a intenção de "deter" os distúrbios que tomaram conta de várias cidades inglesas pelos últimos quatro dias.
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Stephen Lennon, líder da Liga da Defesa Inglesa, disse à Associated Press que mil integrantes do grupo de extrema direita sairiam às ruas de Luton, onde fica a sede da organização, e outras partes da Grã-Bretanha afetadas pelos distúrbios, inclusive Manchester.
Lennon afirmou que membros da Liga da Defesa Inglessa já estavam realizando "patrulhas" nesta terça com o objetivo de "deter" os participantes da revolta e que centenas de pessoas mais pretendiam aderir ao movimento na quarta-feira. "Nós vamos acabar com os distúrbios. A polícia obviamente não tem capacidade de lidar com isso", disse Lennon à AP.
O grupo de extrema direita foi recentemente mencionado como uma das inspirações de Anders Behring Breivik, o extremista de direita que confessou ser o autor do massacre de dezenas de pessoas em 22 de julho na Noruega.
A onda de violência, iniciada no sábado, teve como estopim a morte de um vigia, baleado por policiais em Tottenham, no norte de Londres. Desde então os distúrbios cresceram e se espalharam, mas políticos e civis alegam que muitas pessoas se juntaram aos tumultos apenas para participar dos saques, no que se tornaram eventos de "vandalismo puro e sem razão".
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Em Londres, polícia já prendeu mais de 560 pessoas devido aos distúrbios e mais dezenas em outras cidades. Uma pessoa morreu baleada em Croydon, no sul londrino. A Scotland Yard informou que 111 oficiais, cinco cachorros policiais e 14 civis foram feridos durante os quatro dias de distúrbios. As informações são da Associated Press.
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