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Grupo de Lima diz que eleição na Venezuela é ilegítima e pede adiamento

Para organização formada por Brasil e mais 11 países - e apoiada por EUA e Espanha -, votação presidencial marcada para o dia 20 não tem 'garantias de processo livre'; são estudadas ações coletivas ou individuais nos campos diplomático, econômico, financeiro e humanitário

Por Lu Aiko Otta e Brasília
Atualização:

BRASÍLIA - O Brasil e mais 11 países que compõem o chamado "grupo de Lima" lançaram na noite de segunda-feira, 14, um apelo para que a Venezuela adie a eleição presidencial convocada para o próximo dia 20, por considerar que o processo é "ilegítimo" e "carece de credibilidade".

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Os ministros das Finanças e das Relações Exteriores reuniram-se na Cidade do México. O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo e funcionários do Departamento de Tesouro americano participaram do encontro por videoconferência. 

Membros do Grupo de Lima se reuniram na Cidade do México, onde formularam documento para pressionar a Venezuela a desistir das eleições presidenciais Foto: REUTERS/Edgard Garrido

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Na avaliação do grupo, as eleições não devem ser realizadas porque "foram convocadas por uma autoridade ilegítima, sem a participação de todos os atores políticos venezuelanos, sem observação internacional independente e sem as garantias necessárias para um processo livre, justo, transparente e democrático".

Os países participantes discutiram também ações que poderão ser tomadas de forma coletiva ou individual após o dia 20 nos campos diplomático, econômico, financeiro e humanitário. E se comprometeram a discutir outras iniciativas para "contribuir para o restabelecimento da institucionalidade democrática, o respeito aos direitos humanos e o pleno respeito ao estado de direito naquele país irmão".

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Participaram da reunião representantes de Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru e Santa Lúcia. O encontro contou ainda com representantes da Espanha e dos EUA.

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