Grupo de mídia chinês é criticado por trair apoiadores

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Por AE
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Um grupo de mídia do sul da China está sendo alvo de críticas por trair os manifestantes que tentaram defendê-la de uma disputa com os censores no início do ano. The Southern Media Group é o dono de uma publicação semanal de Guangzhou, conhecida como Southern Weekly, cuja equipe editorial apresentou uma rara mas curta revolta contra a censura em janeiro, o que atraiu dezenas de manifestantes.Na ocasião, apoiadores da publicação apareceram nas portas da sede com flores, cartazes e gritos de apoio à liberdade de expressão e à democracia.A revolta foi rapidamente resolvida após a equipe editorial e os censores alcançarem um acordo, mas quase um ano depois pelo menos três dos manifestantes, incluindo Guo Feixiong, um famoso ativista pela democracia, provavelmente enfrentarão acusações na justiça por distúrbio público.O grupo está sendo criticado por declarar em um comunicado à polícia que os manifestantes interferiram com as operações da companhia, fornecendo evidências que provavelmente serão utilizadas contra os manifestantes.Uma cópia da declaração circulou pela internet no fim de semana. O advogado de Guo, Zhang Xuezhong, confirmou que o documento é igual a uma cópia que ele viu no escritório da procuradoria de Guangzhou.Membros atuais da publicação e ex-funcionários publicaram nas redes sociais mensagens de repúdio à empresa. Intelectuais liberais e outros ativistas também estão entre os críticos, mas muitas das mensagens foram rapidamente apagadas pelos censores."Os cidadãos devem ter o direito de se reunirem e o direito de liberdade de expressão, e esses também são direitos que os jornalistas perseguem e defendem", escreveu Zhang Zhe, um repórter que trabalhou no Southern Weekly no momento do impasse, mas que desde então saiu da publicação. Ligações da reportagem ao grupo não foram atendidas. Fonte: Associated Press.

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