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Grupo de Xangai apóia o tratado ABM

Por Agencia Estado
Atualização:

A China, a Rússia e quatro países da Ásia Central assinaram hoje um comunicado conjunto, onde declaram apoiar o tratado que trata dos mísseis antibalísticos (ABM), assinado em 1972. O documento foi assinado pelos ministros da Defesa dos seis países do grupo de Xangai (China, Rússia, Casaquistão, Quirguistão, Tadjquistão e Usbequistão). A declaração comum diz que o tratado ABM, firmado há quase vinte anos, pelos Estados Unidos e a União Soviética, representa "a base da estabilidade e da segurança mundiais". O presidente George W. Bush, que deve se reunir pela primeira vez com seu colega russo Vladimir Putin no próximo sábado, na Eslovênia, qualificou esta semana o tratado ABM de "vestígio do passado". O projeto de escudo antimísseis, defendido pelo presidente norte-americano, ao qual se opõem Moscou e Pequim, tornaria obsoleto o tratado ABM, acordo da época da Guerra Fria que proíbe, não só todo projeto de escudo antimísseis, mas também a fase de desenvolvimento e testes de tal sistema. Acordo de Kyoto - A China condenou, esta sexta-feira, a não-ratificação do Tratado de Kyoto sobre emissões de gases por parte do presidente norte-americano, George W. Bush, e reiterou que mantém seu apoio ao Protocolo. A porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Sun Yuxi, informou que "a comunidade internacional não aceitará as tentativas de (...) descartar o Protocolo de Kyoto e iniciar novamente" os esforços multilaterais de regulação de emissões. "Não existe justificativa para se negar a ratificar o Protocolo, dando a desculpa de que alguns países em desenvolvimento não tem colaborado na redução das emissões", indicou Sun Yuxi. Durante a Cúpula EUA-União Européia, que aconteceu esta quinta-feira em Gotemburgo, na Suécia, Bush reiterou sua opinião de que o acordo não possui uma base científica sólida, e é "completamente deficiente" e "não realista", já que não indica limites para as emissões de gases perpretadas pelos países em desenvolvimento, como é o caso da China. Com a assinatura do Protocolo, 38 países industrializados se comprometeram a reduzir suas emissões de gases a uma porcentagem média de 5,2% durante o período 2008-2012, tendo como base as cifras do ano de 1990.

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