Grupo islâmico somali diz ter executado espião francês

Agente de inteligência teria sido morto em retaliação à ação militar da França para tentar resgatá-lo.

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Por BBC Brasil
Atualização:

O grupo militante islâmico somali Al-Shabab disse ter executado o agente do serviço de inteligência francês Dennis Allex, que havia sido sequestrado pelo grupo em julho de 2009. Segundo representantes da organização fundamentalista islâmica, a morte de Allex foi em retaliação a uma recente operação militar realizada pela França para tentar libertá-lo. O governo francês disse acreditar que Allex foi morto durante a operação, no final da semana passada. A ação, segundo a França, teria resultado na morte de dois soldados franceses e 17 combatentes do Al-Shabab. Mas há relatos sobre a morte de civis nos combates. O grupo Al-Shabab, que é ligado à rede Al-Qaeda, afirmou em uma conta de Twitter que Allex foi morto na última quarta-feira. A entidade fundamentalista islâmica havia ameaçado matar Allex anteriormente e responsabilizou a França por sua morte, devido à tentativa de resgate. Na sexta-feira, cerca de 50 soldados de uma tropa de elite francesa lançaram um ataque de helicóptero contra a cidade de Bulo Marer, reduto do Al-Shabab em que os franceses acreditavam que Allex se encontrava. Combates intensos A organização fundamentalista disse que Allex não estava em Bulo Marer no momento do ataque militar francês, que segundo testemunhas, teria sido intenso e durado cerca de uma hora. Há informações de que vários civis foram mortos durante a operação. A ação militar foi lançada após inúmeras negociações para obter a libertação de Allex terem fracassado. O governo da Somália disse não ter sido informado sobre a operação antecipadamente e lamentou a perda de vidas civis. Na segunda-feira, o Al-Shabab publicou a fotografia de um soldado francês que o grupo disse ter sido morto a tiros após ter sido capturado nos combates. A Somália não conta com um governo central efetivo há mais de duas décadas. A França mantém uma grande base militar no país vizinho Djibouti, com a presença de unidades do Exército, Marinha e Força Aérea. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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