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Grupo jihadista ordena turistas estrangeiros a deixarem o Egito

Ansar Bayt al-Maqdis, que matou 2 sul-coreanos, ameaça atacar novos alvos após quinta-feira

Por REUTERS
Atualização:

O grupo jihaidista egípcio Ansar Bayt al-Maqdis lançou nesta terça-feira, 18, um ultimato para que turistas deixem o país, ameaçando atacar estrangeiros que não abandonarem o Egito até a quinta-feira. A organização é a mesma que reivindicou o ataque a bomba que matara dois turistas sul-coreanos e um egípcio no domingo, na Península do Sinai, enquanto eles viajavam em um micro-ônibus. O "ultimato" aos turistas foi dado em inglês, por meio do Twitter. "Recomendamos que os turistas deixem com segurança (o Egito) antes que expire o prazo", postou o Ansar Bayt al-Maqdis, em uma conta no microblog que o grupo usa regularmente. Os jihadistas já haviam lançado uma primeira ameaça vaga contra turistas estrangeiros no sábado. Ataques de grupos ultrarradicais islâmicos mataram centenas de agentes do aparato militar e de segurança do Egito desde que o presidente Mohamed Morsi, da Irmandade Muçulmana, foi deposto por um golpe militar, em julho. No entanto, a ação deliberada contra turistas no domingo marcou uma aparente mudança na estratégia dessas facções radicais com base no Sinai, que vinham mantendo suas ações restritas a alvos do governo egípcio. Antes uma das principais atividades econômicas do Egito, a indústria do turismo foi severamente atingida pela instabilidade política desde que ruiu a ditadura de Hosni Mubarak, no início de 2011. Com a ameaça do Ansar Bayt al-Maqdis, a organização jihadista mais poderosa do Egito, a expectativa é que a situação se agrave ainda mais. Nos anos 90, grupos radicais islâmicos promoveram vários ataques contra turistas, mas a situação acabou controlada sob a dura repressão do regime Mubarak.  / REUTERS

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