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Grupo ligado à Al-Qaeda assume seqüestro de 18 iraquianos

Grupo pediu a libertação de mulheres detidas e que três oficiais do Exército recentemente absolvidos pelo estupro de sunita sejam entregues aos rebeldes

Por Agencia Estado
Atualização:

Um grupo sunita ligado à Al-Qaeda assumiu o seqüestro de 18 trabalhadores do governo iraquiano por vingança aos supostos casos de estupros de mulheres sunitas realizado por militares, disse o grupo nesta sexta-feira, 2. O grupo pediu em comunicado a libertação de todas as mulheres iraquianas detidas e que os três oficiais do Exército recentemente absolvidos pelo estupro de uma mulher sunita sejam entregues ao grupo. Os rebeldes ameaçaram matar os reféns em 24 horas, caso as exigências não sejam atendidas pelo governo iraquiano. "Esta operação é uma resposta aos crimes realizados pelos infiéis em sua luta contra os sunitas", diz o comunicado. "O mais recente dos crimes cometidos por estes traidores foi violar nossa irmã de religião". Um vídeo mostra os 18 homens seqüestrados, todos de pé e com os olhos vendados. Sete deles usavam uniformes da polícia durante a gravação. O seqüestro é mais um episódio do escândalo iniciado com o estupro de Sabrin al-Janabi. Em meados de fevereiro ela apareceu diante das câmeras de televisão e denunciou ter sido violentada por três oficiais do exército iraquiano, aparentemente xiitas. Em primeiro momento, o primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, pediu investigação sobre as acusações. No entanto, depois que os exames médicos mostraram que a mulher não tinha sido estuprada, o governo homenageou os militares que tinham sido acusados.

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