Grupo ligado a Al-Qaeda faz ameaça a estrangeiros na Argélia

Em vídeo, líder do principal movimento de revolta islâmico da Argélia ameaçou atacar americanos e franceses que apoiarem o governo local

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O líder do principal movimento de revolta islâmico da Argélia ameaçou atacar americanos e franceses que apoiarem o governo argeliano em um vídeo apresentado em um site islâmico nesta terça-feira. A França levou a sério as acusações, segundo o Ministro de Relações Exteriores e está monitorando as atividades do grupo GSPC (Grupo Salafista para a Pregação e o Combate), que recentemente anunciou ter ligação com a Al-Qaeda. "A América e a França estão roubando nossos tesouros e o ladrão Bouteflika (Presidente Argeliano Abdelaziz) colabora com eles", disse o líder da GSPC, Abu Musab Abdulwadood, no vídeo. As operações da GSPC foram confinadas na Argélia, mas o grupo assumiu a responsabilidade de um ataque em uma cidade argeliana em novembro sobre empregados afiliados a empresa estadunidense Halliburton. A Al-Qaeda anunciou a união com o grupo GSPC em setembro de 2006. O número 2 da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahri, disse que a união fortalece a luta contra os interesses ocidentais, se referindo aos EUA e França, que colonizaram a Argélia. O GSPC é o único grupo sólido que restou da insurreição islâmica realizada em 1992 quando tropas argelianas impediram a vitória do partido fundamentalista islâmico. O combate resultou em cerca 150 mil mortos.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.