23 de agosto de 2010 | 10h27
Um braço da rede Al-Qaeda libertou dois funcionários humanitários espanhóis que haviam sido sequestrados nove meses atrás, informou nesta segunda-feira uma fonte diplomática no Mali. O funcionário, que falou sob condição de anonimato, afirmou que os espanhóis foram levados para Ouagadougou, capital de Burkina Faso, e viajarão dali para a Espanha.
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Roque Pascual, Albert Vilalta e sua colega Alicia Gámez haviam sido capturados em 29 de novembro, na Mauritânia, quando levavam suprimentos para aldeões pobres. Os três foram levados ao Mali. Alicia foi libertada em março, logo após o grupo que a sequestrou ter afirmado que ela aceitou se converter ao Islã. Um avião da Força Aérea Espanhola foi enviado a Burkina Fasso, para levar os dois voluntários libertados de volta à Espanha.
A secretária espanhola de Estado de Cooperação Internacional, Soraya Rodríguez, viajou nesta aeronave junto com familiares de Vilalta e Pasqual, ambos membros da ONG "Barcelona Acció Solidária". "Nossos dois companheiros já estão em segurança", disse o presidente da ONG, Francesc Osán.
O primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, concedeu entrevista coletiva sobre a libertação e disse que ela "pôs um ponto final em uma ação terrorista que nunca deveria ter acontecido". "Estamos contentes e ficaremos muito mais quando Albert e Roque chegarem a Barcelona", afirmou Zapatero.
Seus quase nove meses de cativeiro representam o sequestro mais longo feito pelo braço da Al-Qaeda na região.
Com AE e Efe
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