
16 de agosto de 2012 | 20h07
O Exército caça militantes no deserto do Sinai desde um incidente da semana passada que resultou na morte de 16 guardas de fronteira. Essa é a maior mobilização militar do Egito na região em mais de três décadas.
O Sinai faz fronteira com Israel, e um acordo de paz de 1979 restringe fortemente a presença de soldados e blindados egípcios na região. O Cairo atribuiu o ataque da semana passada a militantes islâmicos.
"Nunca erguemos nossas armas contra o Exército egípcio", disse o grupo Salafi Jihadi, um dos mais atuantes da região, que negou envolvimento com o ataque. "Então parem o derramamento de sangue, ou do contrário vocês estarão nos arrastando para uma batalha que não é nossa", acrescentou a nota divulgada pelo grupo na noite de quarta-feira.
Autoridades dizem que 20 militantes foram mortos pelo Exército egípcio em 8 de agosto, primeiro dia da ação militar. O conflito põe a prova a capacidade do recém-empossado presidente Mohamed Mursi para controlar os militantes na fronteira com Israel. Mursi é um político de origem islâmica, mas promete respeitar o acordo de paz com o Estado judeu.
(Reportagem de Yusri Mohamed em Ismailia, Maayan Lubell em Jerusalém e Omar Fahmy no Cairo)
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