Grupo organiza paralisação para forçar renúncia do presidente taiwanês

Popularidade do presidente caiu desde que seu nome foi vinculado à denúncias de corrupção e ao uso de verbas do gabinete

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Por Agencia Estado
Atualização:

Os organizadores da campanha contra o presidente de Taiwan, Chen Shui-bian, convocaram neste sábado uma paralisação para o dia 9 de outubro com o objetivo de forçar sua renúncia. Sob o lema "Um milhão de vozes contra a corrupção", o chamado para a mobilização pede que operários e estudantes abandonem seus postos de trabalho e estudo, e, ao meio-dia da data marca, se concentrem em lugares-chave da cidade e gritem palavras de ordem pela saída do líder taiwanês do poder. "Os que não puderem participar também podem tocar buzina ou gritar ´Abaixo à corrupção, salvar Taiwan e fora Chen´", disse Chien Hsi-chieh, chefe adjunto da campanha contra Chen. No dia 5 de outubro, será realizado um ensaio da mobilização. "A paralisação não destrói necessariamente a economia de um país e é um meio ao qual não podemos renunciar", disse Chien, diante dos temores do empresariado a respeito de uma convocação do tipo num país onde protestos não são comuns. O primeiro-ministro taiwanês, Su Tseng-chiang, condenou a greve pelo fato de "sua motivação ser meramente política" e não trabalhista. A popularidade do presidente taiwanês tem baixado a níveis mínimos desde que veio à tona uma série de escândalos de corrupção ligados a seu genro e ao uso de fundos do gabinete presidencial.

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