11 de junho de 2012 | 15h33
TEL-AVIV - A praça principal do Museu do Holocausto de Tel-Aviv (Yad Vashem) amanheceu nesta segunda-feira, 11, pintada com mensagens antissemitas e de apoio ao ex-ditador alemão Adolf Hitler, informou a polícia israelense, que atribui a autoria do crime a grupos ultra-ordotoxos antissionistas.
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"Na madrugada de hoje, pintaram grafites nos muros da praça do Yad Vashem. Uma das mensagens dizia: 'Hitler, obrigado pelo Holocausto'. Abrimos uma investigação e estamos buscando aos suspeitos", explicou o porta-voz policial, Miki Rosenfeld.
Os vândalos pintaram várias mensagens no mesmo tom, entre elas uma que dizia: "Se Hitler não tivesse existido os sionistas teriam o inventado", informou o jornal "Yedioth Ahronoth" em sua versão digital.
Os autores assinaram os grafites em nome de um grupo desconhecido e autodenominado "Judaísmo Ultra-Ortodoxo Mundial" que segundo outra mensagem enxerga no Estado de Israel o "Auschwitz do judaísmo mizrahi (judeus oriundos dos países árabes)".
O diretor do museu, Avner Shalev, disse que se sentia "horrorizado por este ato de ódio ao Estado e ao sionismo"
Pelas características do grafite, a polícia israelense atribui sua autoria a círculos extremistas da comunidade ortodoxa, em particular a um grupo antissionista chamado Naturei Karta.
Um dos líderes deste grupo repudiou os fatos e acusou círculos ultradireitistas do movimento sionista que querem protestar pela evacuação de várias casas no assentamento judaico de Ulpana.
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