Isil e Al-Nusra são inimigos?
Rami Abdurrahman - Não. Eles concorrem pelo controle e a Al-Nusra está tentando se aproveitar da vulnerabilidade do Isil tomando as bases desocupadas e os combatentes rendidos. Em vários casos a Al-Nusra atuou como intermediária entre o Isil e batalhões islâmicos e seculares que lutavam contra ele. Não há combates entre os dois grupos, mas há entre o Isil e um batalhão que jurou lealdade à Al-Nusra. O Isil e a Al-Nusra lutam lado a lado em várias frentes, por exemplo na Província de Hasakah (de maioria curda) contra o YPG (grupo curdo) e na zona rural de Damasco contra o regime.
A luta contra o regime praticamente parou no norte?
Rami Abdurrahman - Não. Há várias frentes de luta entre forças pró e contra o regime na cidade e na província de Alepo. Os confrontos com o regime pararam em Raqqa.
De onde vêm o dinheiro e as armas do Isil?
Rami Abdurrahman - Do controle sobre campos de petróleo e territórios na Síria, assim como de patrocinadores no Golfo Pérsico. Os combatentes estrangeiros entram pela Turquia.
O senhor tem esperança na conferência da Suíça, dia 22?
Rami Abdurrahman - Infelizmente, não. Todos os países envolvidos estão buscando apenas seus interesses nacionais, à custa das vidas dos sírios.